Em comunicado enviado à Lusa, o gabinete de comunicação da empresa disse que "a Lidl Portugal recebeu a notificação do sindicato e está confiante de que a adesão será baixa".
Os trabalhadores dos entrepostos Lidl da Marateca (Setúbal), Ribeirão (Braga) e Torres Novas (Santarém) iniciam uma greve às 12:00 horas de hoje, que se prolongará até ao final do dia de quarta-feira.
Os funcionários protestam contra a posição da empresa "de não negociar aumentos salariais" de um euro por dia, assim como "o caderno reivindicativo" e a passagem a contrato sem termo dos trabalhadores precários "que se encontram a ocupar postos de trabalho permanentes".
No texto, a empresa adianta que "no que diz respeito à sua relação com os colaboradores, a Lidl Portugal assegura condições salariais acima da média do sector", lembrando que em 2013 "aumentou o valor diário do subsídio de almoço para 6,83 euros representando um acréscimo de 24%".
Fonte da empresa salienta também que já este ano a Lidl Portugal antecipou o pagamento do trabalho suplementar na sua totalidade.
" Assim, desde o dia 1 de Março todos os colaboradores do Lidl com trabalho suplementar passaram a receber horas extras a 100% e assim tem-se mantido, apesar de o diploma não ter ainda sido promulgado", refere a empresa em comunicado.
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio admitiu hoje à Lusa a possibilidade de haver perturbações nas entregas de encomendas nos supermercados Lidl devido à greve dos trabalhadores.
"É provável que não chegue, que haja algumas encomendas que não cheguem às lojas. Embora a empresa de transportes seja exterior ao Lidl, haverá nestes armazéns perturbações nos carregamentos dos camiões", disse à agência Lusa a dirigente sindical Célia Lopes.
Contactada pela Lusa, a Lidl Portugal garantiu que "foi devidamente assegurado o fornecimento de todas as suas lojas para a época do Natal, não sendo previsível falhas no abastecimento".
Além da paralisação, os trabalhadores dos três entrepostos vão concentrar-se à porta do armazém da Marateca como forma de protesto contra a posição da empresa.
Lusa/SOL