O Instituto de Apoio à Criança e a UNICEF Portugal, duas instituições de referência na «história dos Direitos das Crianças e dos Direitos Humanos em Portugal e que foram muito claras durante o debate sobre a coadopção, dando voz a muitas crianças que deviam ter sido a preocupação central neste processo» são duas das instituições laureadas.
Também o Concelho Português para os Refugiados (CPR) merece o Prémio Arco-íris, considera a ILGA: «Para muitas e muitos requerentes de asilo, o mundo é um pouco mais arco-íris por causa do CPR, e o seu trabalho faz toda a diferença», diz a organização, lembrando que Portugal passou recentemente a conceder efectivamente o estatuto de refugiado a quem é alvo de perseguição em função da orientação sexual ou identidade de género.
A Câmara de Lisboa, cujas iniciativas – o Plano de Acção dos Direitos Sociais 2014-2017, o Dia Municipal para a Igualdade, o novo Centro LGBT, o Arco-íris no Jardim – mostram, lê-se ainda no comunicado, «o quanto o compromisso com a igualdade do Município de Lisboa foi reforçado em 2014, o plano de acção dos direitos .
No campo da cultura, ‘Gisberta', de Eduardo Gaspar, com interpretação de Rita Ribeiro, e que mostra a dor de uma mãe que perde uma filha, mas também a «força do preconceito transfóbico» – a peça é baseada na história da morte de Gisberta Júnior, conhecida como Gis, em Fevereiro de 2006, no Porto, sequência de agressões por um grupo de jovens durante três dias – é a peça laureada com o prémio.
A cantora brasileira Daniela Mercury, presença habitual nos palcos portugueses e homossexual assumida, e António Simões, que lidera o congénere HSBC no Reino Unido, são as duas personalidades que serão distinguidas na cerimónia, a acontecer a dez de Janeiro de 2015 no Teatro do Bairro, a partir das 21h30.
Ricardo Araújo Pereira será o anfitrião da festa, onde serão entregues aos laureados os prémios da artista plástica Susana Mendes Silva.