Foi na Primavera de 2010 que os gregos receberam o primeiro auxílio financeira do FMI e da União Europeia. Não durou muito. Com os efeitos recessivos de sucessivos pacotes de austeridade, as metas acordadas ficaram por cumprir, e a Grécia necessitou de um segundo resgate em 2012. Esse pacote de medidas inclui um perdão de dívida acordado com os credores privados a nível internacional, mas a dívida só desceu em 2012. Desde então, tem aumentado todos os anos.
A nível de crescimento, o país conseguiu inverter a queda da economia. Já vai no terceiro trimestre com evolução positiva e as previsões indicam que o PIB deve crescer 0,6% este ano e 2,9% no próximo.
O défice desceu de forma abrupta – está até mais baixo do que o português. Deve atingir 1,6% este ano, segundo a Comissão Europeia, o que compara com os 15,2% que o país chegou a registar em 2009. Mas a consolidação das contas públicas ainda não convence os investidores: os juros da dívida pública estavam em 8% antes do anúncio de eleições antecipadas, e com a marcação da votação, voltaram a valores acima de 9%.
Outra mancha é o desemprego, que continua perto de 27% da população activa.
O programa de assistência grego deveria acabar no final de 2014, mas o fundo de resgate europeu já autorizou uma extensão de dois meses no programa de ajustamento. E o FMI já indicou que as avaliações do programa só serão retomadas quando for conhecido um novo Governo.