O eurodeputado José Manuel Fernandes está envolvido numa acesa polémica a propósito do livro do centenário dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, devido ao depoimento do ex-presidente da corporação que acusa o então autarca de ter “partidarizado” associação humanitária. José Manuel Fernandes respondeu ao SOL que “trata-se tudo de politiquice”.
A polémica está ao rubro em Vila Verde. Num dos depoimentos publicados, um antigo presidente dos bombeiros voluntários diz que José Manuel Fernandes, enquanto presidente da Câmara de Vila Verde, “sempre fomentou a partidarização da direcção da corporação”.
No mesmo depoimento, José Rodrigues Martins assinala que “em 1998, no início do primeiro mandato do engenheiro José Manuel Fernandes, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde recebeu o primeiro duodécimo do donativo anual da Câmara Municipal de Vila Verde no último trimestre do ano”, quando "o primeiro duodécimo era sempre recebido em Fevereiro ou em Março”.
José Manuel Fernandes reage
No próprio dia em que o livro foi apresentado, o eurodeputado reagiu com um comunicado, destacando que “as instituições de Vila Verde não podem ser politizadas”.
Afirmou-se “habituado a que eternos repetentes e derrotados, desempregados políticos e outros que vivem à custa de instituições, todos eles socialistas de Vila Verde" o "ataquem de forma cobarde” e acrescentou: "Aliás a actual direcção dos bombeiros homenageou-me em fins de 2013 como reconhecimento da colaboração leal prestada”.
“Alguém ressabiado pretende reescrever a história”, diz José Manuel Fernandes, que foi reeleito nas listas da Aliança Portugal (PSD/PP), referindo que “em todos os mandatos de todas as direcções da Associação Humanitária dos Bombeiros cumprimos atempadamente com todos os compromissos assumidos”.
No dia em que estalou a polémica, António Vilela, o actual presidente, que estava presente na cerimónia de apresentação do livro, não fugiu à questão, tendo chamado a atenção para certas situações de “ingratidão” cometidas contra José Manuel Fernandes.
Livros poderão ser destruídos
A direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde irá reunir já no próximo dia 5 de Janeiro para apreciar o caso e entretanto há um movimento que pretende a eventual destruição de todos os exemplares. A edição da obra, com 500 exemplares, custou cerca de sete mil euros à corporação vilaverdense.