"A negociação torna-se difícil porque é necessária a existência de um governo", disse Jardúvelis em Atenas após a convocação das eleições, que deverão realizar-se no próximo dia 25 Janeiro como consequência do fracasso do Executivo na votação parlamentar para a escolha do novo Presidente da República.
"Se o governo continuasse a 'troika' regressaria a Atenas no dia 10 de Janeiro. Agora ninguém sabe", acrescentou.
Estava previsto que os representantes da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) retomassem em Janeiro mais uma avaliação do programa de reformas, depois da reunião que esteve marcada para Novembro ter sido adiada dois meses.
Segundo o governo de coligação Nova Democracia/PASOK, a Grécia pretende substituir o resgate por um "crédito reforçado" com condições menos austeras.
Em declarações aos jornalistas em Atenas, o ministro das Finanças disse que não sabe se o adiamento do resgate até finais de Fevereiro vai ser suficiente para concluir as negociações com a 'troika'.
Com o Executivo actual o tempo seria suficiente porque, afirmou, "o governo sabe exactamente o que tem de fazer".
O porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse hoje que as negociações para a quinta avaliação do programa de reformas não vão ser retomadas até à formação de um novo governo, vencedor das eleições antecipadas.
Lusa/SOL