À saída do Estabelecimento Prisional de Évora, o advogado Pedro Delille garantiu aos jornalistas que José Sócrates "nunca foi impedido" de dar entrevistas.
"Não há nenhuma decisão do director geral" dos Serviços Prisionais nesse sentido, frisou, confirmando que o ex-chefe de governo socialista formulou um pedido para conceder uma entrevista, que não obteve, "até agora", resposta.
A estação de televisão TVI divulgou, na sexta-feira, as respostas escritas do ex-primeiro-ministro a seis perguntas, mas, "para efeitos ilegais", isso "não foi uma entrevista", considera o advogado de defesa.
"Foi o que foi: foram umas perguntas formuladas por escrito, respondidas por escrito", distingue.
"Ano novo, vida nova. Houve um tempo que foi para os tablóides, a partir de agora vamos esperar pela justiça, para ver o que é que há mesmo de factos", disse ainda o advogado, dando a entender que Sócrates não deverá continuar a falar para a comunicação social.
Nas respostas à TVI, o ex-primeiro-ministro alega "legítima defesa" para prestar declarações. "Sei que quiseram inibir-me de falar", diz, qualificando a prisão preventiva a que está sujeito desde 25 de Novembro como "uma infâmia".
José Sócrates foi detido a 21 de Novembro, no aeroporto de Lisboa, proveniente de Paris, e foi acusado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
Lusa/SOL