Os depósitos mais generosos são raros, segundo o levantamento mensal da Deco Proteste (ver em baixo). As melhores remunerações são a três meses. Em muitos casos são contas destinadas a novos clientes ou em instituições financeiras online.
A falta de atractividade dos depósitos tem levado muitos consumidores a procurar alternativas. De acordo com o Boletim Estatístico do BdP, os portugueses aplicaram 61 mil milhões de euros em novos depósitos a prazo, de Janeiro a Outubro do ano passado – uma redução de seis mil milhões de euros face ao mesmo período de 2013.
As baixas taxas de juro – em queda livre desde 2011 – ditam uma 'fuga' de poupanças para aplicações de baixo risco com retornos mais atractivos. “Parece que zero é mesmo o horizonte de um número cada vez maior de bancos, no que diz respeito à remuneração dos depósitos”, explica a Deco Proteste na análise mensal, acrescentando: “Uma das regras fundamentais é garantir que as aplicações superam a taxa de inflação, caso contrário o investidor perde poder de compra”.
Fundos perdem subscritores
Além dos depósitos e dos certificados, uma opção para quem quer pôr dinheiro de lado são fundos de investimento. Mas a procura por estas aplicações está em queda: registaram no ano passado um valor líquido negativo de 842 milhões de euros (diferença entre subscrições e resgates).
Os dados da APFIPP revelam que o fundo BPI América, de acções da América do Norte, obteve a melhor rendibilidade no último ano: 23%. Mas estes produtos devem ser encarados com uma cautela acrescida, já que as rendibilidades passadas não constituem garantia de retorno no futuro.