“O Conselho Directivo do IAVE não se revê, nem subscreve o referido parecer que não representa nem vincula este Instituto”, esclarece o IAVE, considerando ainda que o documento tem um “registo que extravasa claramente as competências deste órgão, de cariz exclusivamente técnico-científico”. O IAVE diz ainda que este parecer não foi solicitado pelo Conselho Directivo do instituto mas partiu de uma iniciativa do Conselho Científico sem enquadramento estatutário.
A apreciação dos elementos do Conselho Científico, sobre a prova a que são sujeitos todos os docentes contratados com menos de cinco anos de serviço, é arrasadora. Os conselheiros consideram que a prova não é "válida e fiável" no objectivo a que se propõe, tendo como "propósito mais evidente" impedir o acesso à carreira.
"O Conselho Científico considera que nenhuma avaliação pontual, realizada através de uma prova escrita 'de papel e lápis' com a duração de duas horas, é efectivamente válida e fiável se não for integrada numa estratégia global e contínua de formação e avaliação", lê-se ainda nas considerações finais de um parecer do Conselho Científico do IAVE, o organismo que coordena a aplicação da prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) dos professores.
Os sindicatos de professores, que tanto têm contestado esta prova, já vieram pedir ao ministro Nuno Crato que acabe de vez com este instrumento que condiciona o acesso à carreira.