Nos eventos é essencial termos a capacidade de inovar, de procurar novos conceitos, de aprender com o melhor que se faz lá fora, mas sobretudo de apostar em produções próprias com ideias diferentes que 'obriguem' as pessoas a valorizar a qualidade em detrimento dos preços baixos. Não quero com isto parecer excessivamente nacionalista mas acredito nas pessoas em Portugal e na criatividade que nos é reconhecida por todos.
Continuando com a inovação, porque acredito sinceramente que quem é parte interessada quer da noite aquilo que não tem durante o dia, ou seja, a surpresa constante, a magia de acontecimentos únicos e a exclusividade de quem faz por merecer ser convidado para as melhores festas. Por isso, a conectividade e a interacção entre as pessoas tem que ser superiormente desenvolvida para que quem adquire um bilhete, seja ele de que valor for, se sinta no fim recompensado. Quem sai quer conhecer, quer interagir e espera ver aquilo que ainda não teve oportunidade de ver.
Gostava também de ver as discotecas portuguesas a produzirem melhor as suas noites, a deixarem de lado a festa amarela e a festa do bigode, a alicerçarem os seus conteúdos com decorações e DJ que lhes permitam fazerem-se pagar por transformarem simples saídas em novas tendências e não se deixarem encostar a 50 RP a venderem pulseiras e a fazerem das redes sociais um mercado em saldos, desprestigiando o negócio e os empresários.
Segurança. A noite mais protegida é um factor essencial. Talvez criando uma polícia da noite que faça a ronda nas principais zonas das cidades, não dando azo à relação por vezes conflituosa segurança/cliente (umas vezes por culpa de uns, outras vezes de outros ) e permitindo que aos mais novos e às senhoras seja dada a possibilidade de circularem sem medos e com o único objectivo de se divertirem e de estarem com os amigos.
Por fim, uma referência para a criação nas cidades de zonas nocturnas bonitas e com negócios claros onde as pessoas possam ter escolhas saudáveis e que permitam a quem nos visita definir o país como um destino perfeito para quem gosta de um pouco de loucura. A rua cor-de-rosa foi um bom princípio – acho que devíamos colorir o país com ruas onde o controlo seja maior e as caves soturnas e os espaços sem condições dêem lugar a projectos alternativos com bom gosto, para que esta nova vaga de turistas que procuram o nosso país para algo mais que praias e sol seja aumentada e para que o reconhecimento que temos recebido dos mais diversos guias seja acompanhado por uma crescente oferta que nos coloque cada vez mais na linha da frente!