Em comunicado enviado ao supervisor do mercado (CMVM), a empresa liderada por João Mello Franco informa que a 18 de Dezembro de 2014 a Deloitte apresentou um pedido de renúncia às funções de auditor externo da PT SGPS.
A decisão da brasileira Oi ter nomeado outro auditor para a PT Portugal e suas participadas em Outubro do mesmo ano esteve na origem da renúncia da Deloitte.
A consultora passou a auditar directamente uma ínfima parte dos activos e dos proveitos consolidados da PT SGPS, “pelo que entendeu não dispor de condições técnicas para continuar a assumir a responsabilidade pela certificação das contas consolidadas da PT SGPS do exercício de 2014”, explica a empresa.
Por estas razões, a Comissão de Auditoria convidou a KPMG, a actual auditora e da PT Portugal e também do Grupo Oi, a “apresentar uma proposta de auditoria integrada das demonstrações financeiras da PT SGPS para o exercício de 2014 […] bem como das correspondentes demonstrações financeiras estatutárias individuais e consolidadas.
Esta proposta, recebida a 5 de Janeiro de 2015, foi ontem aprovada pela Comissão de Auditoria e comunicada ao Conselho de Administração.
A Deloitte cessa, assim, hoje, as funções de auditor externo da PT SGPS.
A KPMG foi responsável durante vários anos por auditar as contas do BES e de 60 empresas do Grupo Espírito Santo, entre as quais a Espírito Santo Financial Group (ESFG).
Quando foi descoberto o buraco nas contas do grupo da família Espírito Santo foi abalada por uma onda de críticas, tendo sido levantadas algumas dúvidas se a auditora não estaria em condições de ter detectado e denunciado mais cedo os problemas do GES.
A KPMG sempre defendeu que avisou o Banco de Portugal sobre a existência de problemas adicionais no BES em Julho.