Charb
Stéphane Charbonnier, ou Charb como era conhecido, era director e desenhador do Charlie Hebdo e assinava uma rubrica de nome “Charb não gosta de pessoas”.
No momento do ataque estava com o seu guarda-costas, que também foi morto. Segundo um dos seus colegas, que ontem não estava no jornal, Charb andava muita vezes sem escolta policial, “o que demonstra que não se sentia inseguro”.
No seu último cartoon – na edição que já se encontra nas bancas francesas -, pode ler-se: “Ainda não houve atentados em França”. No desenho, o jihadista dizia “Esperem! Temos até ao fim de Janeiro para dar as Boas Festas”.
Era ainda cartoonista para outras publicações francesas.
Cabu
O irreverente Jean Cabut tinha 76 anos e é descrito como um dos pilares da publicação – onde trabalhava há 45 anos. Caricaturava tanto políticos como os líderes das várias religiões.
A sua caricatura de Maomé em 2006 fez com que toda a equipa do Charlie Hebdo recebesse ameaças de morte. Tinha 60 anos de carreira e contava com mais de 35 mil desenhos no seu currículo.
Wolinski
Georges Wolinski era editor-chefe e um dos principais desenhadores do jornal. Tinha 80 anos e trabalhava para jornais e revistas como o "L'Humanité", "Libération" e "Le Nouvel Observateur". Foi ainda colaborador da revista ‘Hara-Kiri’ e ficou conhecido pelos seus desenhos eróticos
Tinha um rubrica no Charlie com duas personagens, uma magra e outra gorda.
Já tinham sido atribuídos vários prémios ao cartoonista, entre os quais o da Legião de Honra, atribuído pelo presidente francês Jacques Chirac.
Tignous
Bernard Verlhac, de 57 anos, era um colaborador regular do Charlie Hebdo. Começou a escrever para vários jornais nos anos 80 e cobriu diversos processos para o jornal satírico.
O seu último livro, “Cinco anos sem Sarkozy”, publicado em 2011, compilou os seus desenhos na imprensa.
Bernard Maris
Jornalista e economista de esquerda, Maris assinava sob o nome ‘Oncle Bernard’ no Charlie Hebdo, onde falava de política e de economia. Escreveu também para o "Le Figaro Magazine", "Le Monde" e o "L'Obs". Tinha ainda uma crónica na France Inter, intitulada "Percebi tudo de economia".
Honoré
Philippe Honoré foi o quinto desenhador morto ontem. Colaborava com o jornal desde 1992 e foi o autor do último desenho publicado no Twitter do Charlie Hebdo.
Michel Renaud
Um dos organizadores de um encontro internacional de cartoonistas, o “Carnet de Voyage”, na cidade francesa de Clermont-Ferrand.
Elsa Cayat
A psiquiatra e psicanalista tinha uma rubrica no Charlie intitulada “Divã”.
Mustapha Ourrad
Revisor do jornal.
Frédéric Boisseau
Técnico de Manutenção.
Ahmed Merabet
Agente da polícia da esquadra do 11ème arrondissement. Tinha 42 anos e foi morto pelos atiradores na rua com um tiro na cabeça.
Franck Brinsolaro
Polícia de 49 anos e estava destacado para proteger Charb. Há vários anos que protegia celebridades.
Do ataque resultaram ainda 11 feridos, quatros dos quais estão em estado grave.