Esta mulher de 26 anos é suspeita de ter participado na troca de tiros em Montrouge, na quinta-feira, que matou um agente da polícia.
Segundo o jornal Le Figaro, Boumeddiene é um dos elos de ligação aos irmãos Kouachi, tendo telefonado 500 vezes ao longo de 2014 à mulher de Chérif Kouachi, Izzana Hamyd. A última chamada foi feita na tarde quarta-feira.
Nascida em Junho de 1988, é uma de sete irmãos de uma família originária de Villiers-sur-Marne. Orfã de mãe desde 1994, o pai, que trabalhava como homem de entregas, não conseguiu tomar conta da família e os filhos mais novos, nomeadamente Hayat com oito anos, ficaram à guarda da segurança social.
Conhecida das autoridades francesas há vários anos, casou com Coulibaly em 2009 – mas não pelo civil – e desde esse ano que a radical muçulmana começou a usar um véu integral, o que a obrigou a abandonar o trabalho como caixa.
Em 2010, Hayat Boumedienne e Amedy Coulibaly visitaram Abou Hamza, condenado em 2005 por terrorismo. Foi interrogada no mesmo ano, quando Coulibaly foi detido por suspeita de conspirar para libertar Smain Ait Ali Belkacem, antigo dirigente do Grupo Armado Argelino Islâmico, condenado a prisão perpétua em 2002 pelo ataque a uma estação de metro em Paris, em 1995, que matou oito pessoas.
Disse aos investigadores ter “feitos perguntas sobre a religião” a Hazma e afirmou ter vontade de ir para um país árabe para aprender mais sobre a literatura árabe. Sobre Amedy, apenas disse que “gostava de se divertir” e “que não era uma pessoa muito religiosa”. Acrescentou ainda que este queria casar com uma segunda mulher.
Há um ano atrás, foi com o marido em peregrinação a Meca.