Óscares 2015. Grand Budapest Hotel

Dizer que quem vê um filme de Wes Anderson vê todos é uma tremenda generalização. Há, no entanto, um conjunto de características que tornam uma obra de Anderson facilmente reconhecível, a começar pela trupe de actores famosos que o acompanham (Bill Murray à cabeça), passando pelo cuidado extremo, ou mesmo obsessivo, no pormenor, seja no…

Grand Budapest Hotel é uma comédia andersoniana até à medula, com tudo o que de bom e de autocaricatural isso tenha.

Inspirada nas obras de Stefan Zweig, a acção principal passa-se nos anos 30 na imaginária República de Zubrowka e conta a história do superzelador Gustave H (um notável Ralph Fiennes), bon vivant e dedicadíssimo ao hotel (e em especial às vetustas hóspedes).

O destino do concierge e do Grand Budapest ficam traçados no dia em que a milionária Madame D. (Tilda Swinton) morre e aparece do nada o paquete Zero Moustafa (Tony Revolori).

Divertido, bonitinho, mas incapaz de espantar.

cesar.avo@sol.pt