De acordo com o documento, "o comércio e o turismo, ancorados pela indústria do jogo, são os responsáveis pela maior parte do crescimento" em Macau no ano passado, seguindo-se na lista as cidades turcas de Izmir, Istambul e Bursa, respectivamente.
O relatório "Global MetroMonitor 2014 – Uma Recuperação Incerta" analisa dados sobre o desempenho das 300 maiores áreas metropolitanas do mundo – que acolhem a residência ou os postos de trabalho de 20% da população mundial e são responsáveis por quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) global – com base nas taxas de crescimento anuais do seu PIB 'per capita' e de emprego e combina os dois itens.
Macau apresentou um crescimento de 8% no PIB 'per capita' e uma subida de 4,2% na taxa de emprego, a melhor combinação das duas categorias.
A análise constatou que, em geral, o PIB 'per capita' nas 300 principais áreas metropolitanas cresceu 1,3% em 2014, por comparação com 1,6% em 2013, enquanto o emprego cresceu 1,5% no ano passado, o mesmo que há dois anos.
Olhando para a economia global através de uma lente metropolitana "vemos quão desigual é o crescimento entre as regiões", assinala Joseph Parilla, analista da Brookings e autor principal do estudo.
"Em economias desenvolvidas, como a América do Norte e a Europa Ocidental, cidades como Londres e Houston voam alto, enquanto Roterdão e Montreal estão em esforço", exemplificou o investigador, adiantando que, no geral, "os mercados em desenvolvimento estão a crescer mais depressa, mas existem grandes diferenças entre as cidades do centro e as do nordeste da China, bem como entre cidades no Peru e na Colômbia e metrópoles no Brasil e na Argentina".
O estudo conclui que as economias que apresentam um crescimento mais rápido estão nas regiões em desenvolvimento da Ásia Oriental, Europa Central e Ásia-Pacífico, enquanto as que apresentam um crescimento mais lento estão localizadas na Europa Ocidental, América do Norte e nas zonas desenvolvidas da Ásia-Pacífico.
Apesar de o crescimento nacional ter desacelerado em 2014, a China responde por mais da metade das 30 economias que mais cresceram no mundo, estando Hefei (20ª posição) a liderar as áreas metropolitanas com um crescimento de 9,5% (embora o aumento do emprego se fique por 1%, o que não lhe permite um melhor lugar na tabela).
A par de vários mercados emergentes estão quatro áreas metropolitanas norte-americanas (Austin, Houston, Raleigh e Fresno) e duas áreas no Reino Unido (Londres e Manchester), que figuram no 'top 60' das 300 metrópoles avaliadas.
No derradeiro lugar da lista surge Banguecoque, que viu a sua economia destruída pelos conflitos políticos na Tailândia.
O "Global MetroMonitor 2014 – Uma Recuperação Incerta" também analisa em que medida as economias metropolitanas voltaram aos níveis de 2007 em termos de PIB per capita e emprego, concluindo que as metrópoles norte-americanas que tiveram uma recuperação total quase duplicou face ao relatório de 2012, com 32 (entre 80) nesta categoria em 2014, contra 17 em 2012.
Seis anos após a crise financeira global, a maioria das economias alcançou ou excedeu os seus níveis pré-recessão, mas 57% das áreas metropolitanas da América do Norte e 65% das da Europa Ocidental ainda têm de conseguir a recuperação completa, revela o estudo.
Lusa/SOL