O advogado da apresentadora da SIC, Pedro Reis, confirmou ao SOL que será entregue nos próximos dias, no Tribunal da Relação de Lisboa, um recurso contra o despacho de pronúncia do TIC, que decidiu, em Dezembro passado, sentar Bárbara Guimarães no banco dos réus. “Vamos recorrer e serão agora três juízes da Relação a pronunciar-se”, explicou Pedro Reis, que não adiantou, contudo, os argumentos que usará contra a decisão do juiz do TIC.
Ao contrário do que tinha decidido o Ministério Público no final do inquérito – optando por acusar apenas Carrilho, por causa das agressões físicas continuadas à mulher –, na fase de instrução uma juíza do TIC considerou haver indícios de que Bárbara também sujeitou o ex-marido a violência doméstica. No despacho de pronúncia, de 23 de Dezembro último, explicou que há indícios de “maus-tratos psicológicos, emocionais e sociais” na forma como o ex-ministro socialista foi afastado de casa e dos filhos.
Carrilho queixa-se de, no regresso de uma viagem a Paris, em 18 de Outubro de 2013, ter sido surpreendido no aeroporto de Lisboa por um desconhecido que lhe entregou as chaves do carro. E de ter sido impedido de entrar em casa, além de não ter conseguido falar por telefone durante três semanas com os filhos (hoje com quatro e 11 anos). A juíza concluiu que “não se pode desvalorizar o que terá sentido e o que sofreu com o facto de não ver os filhos, de estar impedido de entrar em casa e ter acesso aos seus bens pessoais e de cariz profissional”.
Leia mais na edição de hoje do SOL