"Os elementos policiais portugueses, que habitualmente optam nas suas horas de folga em não andar armados, devem começar, por uma questão de precaução e segurança, a estar permanentemente armados com a arma de serviço que lhe está distribuída ou com arma de defesa pessoal", escreve em comunicado o SINAPOL, depois de um congénere espanhol ter tomado medidas semelhantes e ter alertado Portugal para seguir o exemplo após os ataques terroristas das últimas semanas em França e na Bélgica, em que morreram alguns polícias.
O SINAPOL recomenda também que a PSP elimine as patrulhas individuais, devido aos "sérios riscos" que o isolamento pode significar "face às ameaças que devem ser levadas a sério".
Questionada pelo SOL, a Direcção Nacional da PSP deixa claro que não subscreve esta orientação, embora esteja empenhada em "antever hipotéticos focos de ameaça" em território nacional. "Por sermos próximos em termos geográficos, ideológicos e operacionais, recebemos informações das autoridades policiais francesas e belgas que nos permitem afinar procedimentos para aventar as respostas operacionais que aumentem os nossos níveis de eficiência, recorrendo à inteligência policial assente na rede de informações e à componente táctica dos polícias que estão no terreno", explica Paulo Flor, porta-voz da instituição, acrescentando que "há muitas opções tácticas e de vigilância da PSP que escapam à vista desarmada" dos cidadãos, e que "naturalmente assim continuarão pela reserva que isso implica".