O reembolso antecipado do empréstimo do FMI, anunciado esta quarta-feira pela ministra das Finanças, não deverá ter entraves da organização de Christine Lagarde. Em respostas ao SOL, fonte oficial do FMI indicou que os pedidos de pagamento antecipado «não são invulgares» e não acarretam qualquer custo ou condicionalismo.
Segundo a mesma fonte, a solução já foi utilizada recentemente pela Irlanda, Letónia, Hungria e Islândia, entre outros países. O porta-voz de Lagarde precisou que não foi ainda recebida qualquer notificação do Governo português, mas não deverá haver entraves de maior. «Os reembolsos antecipados são feitos sem comissões, taxas ou condicionalismos», acrescentou.
Portugal recebeu cerca de 27 mil milhões de euros do FMI, desde 2011. Depois de um período de carência, deveria começar a pagar essa verba este ano, até 2024. A ministra disse no Parlamento que iria pedir autorização aos parceiros europeus para pagar parte mais cedo.
O empréstimo do FMI tem uma taxa média ponderada de 3,7%, quando Portugal se financia hoje a 2,5%.