A estreia em Grandes Prémios do filho de Jos Verstappen, que esteve oito épocas no 'grande circo' entre 1994 e 2003, está marcada para a Austrália, a 15 de Março. No entanto, só a 30 de Setembro, quando completar 18 anos e faltarem apenas cinco corridas para o final da temporada, poderá fazer o exame de condução que o habilitará a circular na via pública. Para já, passou com distinção no exame de código.
“Decidi fazer já o teste, estudei durante sete horas e consegui. Aprendo rápido, não foi difícil”, informou o jovem no seu site oficial na internet, acrescentando que respondeu correctamente a 47 das 50 questões, quando lhe bastaria acertar em 41.
Para obter a superlicença que lhe permite conduzir na Fórmula 1, Max Verstappen valeu-se da sua passagem pela F3 no ano passado, mas o seu caso – e as críticas que motivou – levou a FIA (Federação Internacional do Automóvel) a introduzir regras mais apertadas: a partir de 2016, não serão admitidos pilotos menores de idade.
Com esta decisão, Verstappen ainda não se tornou o mais novo de sempre a participar num Grande Prémio – ultrapassando o espanhol Jaime Alguersuari, que em 2009 debutou com 19 anos – e já sabe que o recorde que irá bater a 15 Março não será quebrado tão cedo.
Ao volante de um kart, o holandês iniciou-se com quatro anos no mundo das quatro rodas, mas só aos 16 deu o salto para os automóveis. Com o bom desempenho na Fórmula 3 (terceiro classificado), chegou a oportunidade de mostrar o seu talento na competição-rainha do desporto automóvel.
“Um F3 é bastante similar a um F1. Não tem tanta potência, mas a aerodinâmica é parecida e o estilo de condução não é assim tão diferente”, observa Verstappen, que terá como companheiro de equipa outro estreante filho de um piloto de respeito: o espanhol Carlos Sainz Jr., cujo pai nunca passou pela Fórmula 1, mas deu cartas nos ralis e nas corridas de todo-o-terreno.