Esta acção judicial, que será discutida na próxima assembleia-geral de accionistas (marcada para esta quinta-feira), tem como objectivo excluir a gestora de resíduos da estrutura accionista da Valorsul por “actuação desleal e não conforme com os interesses da sociedade”.
A EGF foi privatizada há cerca de três meses, tendo o concurso público internacional sido ganho pelo consórcio SUMA, liderado pela Mota-Engil, por cerca de 150 milhões de euros, verba que foi canalizada para a holding estatal Águas de Portugal, que antes geria a EGF, de forma a reduzir o seu endividamento.
Em comunicado, os municípios accionistas consideram que esta acção judicial é “um importante passo para que a empresa se mantenha em mãos maioritariamente públicas” e vai pôr termo a “tentativas de condicionamento dos órgãos da sociedade, que se verificaram nas últimas semanas, e que se consumaram com o pedido de assembleia-geral, solicitada pela EGF, para recompor alguns dos órgãos sociais da Valorsul”.
Os dez municípios lembram ainda que a Autoridade da Concorrência ainda não se pronunciou sobre a privatização da Valorsul.