Segundo a agência Reuters, Moussaoui prestou declarações através de um documento enviado a um tribunal federal de Nova Iorque, no âmbito de um processo movido contra o estado saudita por advogados que representam familiares das vítimas do 11 de Setembro.
O terrorista, condenado pela participação na organização dos atentados, apontou a existência de uma lista de indivíduos que fizeram donativos à al-Qaeda no final dos anos 90, e que incluirá cidadãos sauditas “extremamente famosos”. Entre estes, o príncipe Turki al-Faisal al-Saud, antigo chefe da secreta de Riade.
Moussaoui, cidadão francês de 46 anos, declarou ainda ter-se reunido no Afeganistão com um alto responsável da embaixada saudita em Washington. Na agenda do encontro terá estado um plano para o derrube do avião presidencial norte-americano.
Em reacção, e citada pela Reuters, a embaixada saudita nos Estados Unidos declara que Moussaoui “é um criminoso demente cujos próprios advogados apresentaram provas de que é mentalmente incompetente”.
“As suas palavras não têm credibilidade”, afirmam os sauditas.
A maioria dos 19 terroristas suicidas que mataram cerca de 3.000 pessoas em Nova Iorque, Washington e na Pensilvânia a 11 de Setembro de 2001 tinham nacionalidade saudita.