O acidente que motivou esta última decisão judicial remonta a 2006, quando Koua Fong Lee, o condutor de um Toyota Camry de 1996, não conseguiu parar o carro e chocou contra outra viatura. Morreram três pessoas em resultado do acidente e outras duas ficaram feridas.
Lee foi inicialmente condenado por homicídio involuntário, e ainda passou dois anos e meio na prisão, mas insistiu sempre que tentou parar o carro e este não parava de acelerar. Com o aparecimento de notícias sobre outros casos de aceleração súbita em modelos Toyota, o condutor conseguiu um novo julgamento e acabou por sair em liberdade. A Toyota disse sempre que não havia qualquer defeito no carro, atirando culpas para a inexperiência de Lee.
Os sobreviventes e familiares dos dois lados do acidente – as três vítimas, duas delas crianças, estavam na outra viatura – acabaram por juntar-se na mesma acção judicial contra a Toyota, cuja decisão foi conhecida esta terça-feira. Um júri federal de Minneapolis, no Minnesota, considerou que a Toyota é culpada por 60% do acidente, tendo de pagar 10,94 milhões de dólares (9,59 milhões de euros) aos queixosos. Os outros 40% são atribuídos a Koua Fong Lee. Apesar de ser parcialmente culpado, Lee também tem direito a uma grande fatia da indemnização: 750 mil dólares, cerca de 657 mil euros.
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