As conclusões do estudo foram reveladas pelo jornal USA Today e citadas pela AFP.
Especialistas analisaram os movimentos e expressões faciais do chefe de Estado russo e defenderam que o desenvolvimento neurológico de Putin poderá ter sido afectado em algum momento durante a infância, deixando o Presidente em permanente desconforto em situações de interacção social, devido à dificuldade em descodificar ‘pistas’ como tons de voz, entoações ou linguagem corporal. A estas dificuldades é atribuído o olhar aparentemente distante e impassível do líder russo.
“Este profundo desafio comportamental é identificado por destacados neurologistas como sendo síndrome de Asperger, um distúrbio autista que influencia toda a sua tomada de decisões”, escreveu a autora do estudo, Brenda Connors, do Colégio de Guerra da Marinha Norte-Americana.
“Numa crise, para se estabilizar e para estabilizar as suas percepções de qualquer contexto em redor, ele recorre à imposição de um nível de controlo extremo”, interpreta Connors, que também analisou a linguagem corporal de outros líderes mundiais.
O problema de Putin explicará alguns dos seus comportamentos mais invulgares, como o facto de se ter resguardado de qualquer “estímulo social” durante a crise do Kursk, o submarino que naufragou no ano 2000 no Mar de Barents.
Desde a chegada ao poder, Putin apanhou a comunidade internacional de surpresa em várias ocasiões, como no caso da invasão-relâmpago da Geórgia em 2008 e na anexação da Crimeia em 2014.
O estudo agora revelado nunca chegou a assumir carácter oficial, uma vez que não é possível comprovar a validade da teoria.