Procurador pensou em mandar prender Kirchner

O procurador argentino – encontrado morto em casa no dia 18 de Janeiro – que preparava a sua intervenção no Congresso para acusar Cristina Kirchner de encobrimento aos iranianos redigiu rascunhos de mandados de detenção em nome da chefe de Estado, do ministro dos Negócios Estrangeiros Héctor Timerman e do deputado Andrés Larroque.

Procurador pensou em mandar prender Kirchner

Esta última revelação foi confirmada pela procuradora Viviana Fein, que investiga a morte do colega Alberto Nisman. A notícia fora avançada pelo Clarín, jornal que mantém há anos um braço-de-ferro com os Kirchner.

Como tal, o chefe de gabinete do Conselho de Ministros, Jorge Capitanich, chamou a imprensa para rasgar com estrépito um exemplar do diário e qualificar a notícia de «mentira». 

O que sucedeu, segundo a procuradora Fein, é que quando Nisman entregou a documentação na Procuradoria para formalizar a acusação decidiu não apresentar os mandados de detenção. 

Nisman, que morreu com um tiro na cabeça e uma arma na mão, acreditava que Kirchner fizera um acordo comercial com o Governo iraniano para que os autores do atentado de 1994 ao centro judaico de Buenos Aures ficassem impunes.

cesar.avo@sol.pt