Plano de contingência para os sem-abrigo activo até segunda

O plano de contingência de Lisboa para os sem-abrigo deverá continuar activo pelo menos até segunda-feira, disse hoje à Lusa o vereador da Protecção Civil da Câmara da capital, Carlos Castro.

Desde as 20h00 de sexta-feira, funciona no Pavilhão Desportivo do Casal Vistoso o Dispositivo Integrado de Apoio aos Sem-Abrigo (DIASA) e são servidas refeições quentes, alimentos e agasalhos.

De acordo com Carlos Castro, na sexta-feira foram acolhidas 22 pessoas no pavilhão e hoje, até às 19h00, 27. 

Os sem-abrigo são encaminhados para o pavilhão por equipas de rua localizadas junto das estações do metropolitano dos Restauradores (em frente à antiga Loja do Cidadão), do Intendente (porta da Rua Andrade) e do Saldanha (perto do Edifício Monumental) e da fachada principal da estação de comboios de Santa Apolónia (átrio principal) e da Gare do Oriente, em frente ao centro comercial Vasco da Gama. 

Carlos Castro adiantou que o plano deverá manter-se activo "pelo menos até segunda-feira".

Em causa estão as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que colocaram todo o país sob aviso amarelo entre as 07h00 de sexta-feira e as 11h59 de domingo.

Para Lisboa prevê-se a "persistência de valores baixos de temperatura mínima", que vão variar entre os quatro e os dois graus Celsius, refere o 'site' do IPMA.

Entre 29 de Dezembro e 4 de Janeiro, a Câmara activou o plano de contingência para os sem-abrigo, altura em que as temperaturas mínimas na cidade de Lisboa registaram valores abaixo dos três graus Celsius.

Durante o tempo em que esteve activo o plano de contingência, foram levadas ao pavilhão do Casal Vistoso, no Areeiro, 269 pessoas, das quais 32 foram encaminhadas para centros de acolhimento da Câmara de Lisboa e da Santa Casa da Misericórdia.

Este plano é activado quando se registam pelo menos dois dias consecutivos com temperaturas mínimas abaixo de três graus.

A 7 e 8 de Janeiro a autarquia reforçou o apoio dado aos sem-abrigo da cidade, em termos de refeições quentes servidas, agasalhos e cobertores e com centros de acolhimento abertos mais horas.

Lusa/SOL