A proximidade da cimeira antiterrorista agendada para a próxima semana será outro dos motivos mais importantes, mas para a manutenção das tropas especiais contribuiu ainda estarem instaladas em Bruxelas não só as principais instâncias da União Europeia, como ainda a sede da NATO.
Desde a década de 1980 que a Bélgica não assistia aos militares nas ruas, uniformizados com trajes e armamento de guerra. No total são uns 1500 operacionais, distribuídos nas imediações das Embaixadas dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Israel, junto de organizações judaicas, no Palácio da Justiça e da própria NATO, a par do Parlamento Europeu, Conselho Europeu e outras instâncias representativas da União Europeia.
A presença das tropas especiais nas ruas deve-se a uma decisão tomada há um mês pelo primeiro-ministro Charles Michel. A medida causou controvérsia e levou a que o vice-primeiro-ministro Kris Peeters se envolvesse. Isto porque um grupo de apoiantes do seu próprio partido – o Democrata-Cristão – lançou uma campanha nas redes sociais a criticar a medida. Kris Peeters saiu a terreiro para se demarcar dos apelos lançados por elementos do seu partido no sentido das tropas especiais abandonarem as ruas das principais cidades belgas, supostamente por “prejudicarem o comércio”.