“É obrigação dos europeus considerar seriamente as propostas do novo Governo grego”, declarou o chanceler austríaco. “É também uma questão de respeito”, acrescentou.
Faymann disse ainda ser importante trabalhar para garantir a manutenção da Grécia na Zona Euro.
As palavras foram proferidas durante a visita a Viena do primeiro-ministro helénico Alexis Tsipras. No final do encontro, o líder grego declarou-se “muito optimista” e disse ter conquistado “um amigo”.
“É do interesse de todos que se alcance uma solução mutuamente benéfica”, declarou o chefe do Governo de Atenas.
“Até ao momento, ainda não ouvimos uma alternativa viável ao que estamos a propor. Não há por isso razões para não haver um acordo, para além de razões políticas”, disse.
No domingo, o primeiro-ministro da Áustria já tinha manifestado divergências em relação à Alemanha, sobretudo devido ao fracasso das medidas europeias de promoção de emprego.
“Estão a falhar devido ao plano de esperar para ver de Angela Merkel”, disse Faymann, exigindo de Berlim uma “atitude mais ofensiva” no relançamento da economia continental e criticando a inacção perante a queda do poder de compra.
Faymann elogiou ainda o programa de Governo de Tsipras, defendendo que combater a corrupção e a evasão fiscal, como defende o Executivo liderado pelo Syriza, faz mais sentido que “cortar a despesa e privatizar durante a crise”.