“Tendo em conta as notas do ano passado, estamos um pouco apreensivos”, disse ao SOL Ana Neves, da Associação Nacional de Professores de Língua Inglesa, reconhecendo que “os alunos não estavam habituados àquele tipo de teste”. Contudo, a docente considera que “teoricamente, o Preliminary English Test (PET) é o mais ajustado aos alunos do 9º ano”.
Ao contrário do Key for Schools, feito em 2014, o PET é um teste de nível intermédio, equivalente ao Nível B1 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas do Conselho da Europa, que abrange um nível de certificação de A2 a B2, sendo o nível superior, B2, correspondente ao First Certificate. Ou seja, quem tenha uma nota alta (mais de 90% no teste) tem direito a um certificado equivalente ao First Certificate, que tem já um reconhecimento internacional importante.
“No ano passado, o nível era muito elementar e os alunos não se empenharam nem prepararam porque era fácil. Este ano temos de trabalhar mais para subir as notas”, acrescenta a presidente desta associação de professores.
Segundo o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), responsável pela implementação do teste, para os alunos que frequentam o 9º ano de escolaridade a obtenção do certificado é facultativa. Mas quem quiser ficar com o diploma e não esteja abrangido pela Acção Social Escolar, tem de pagar 25 euros. Para os alunos do 9º ano abrangidos pelo escalão B da ASE o valor é de 12,50 €. Os do escalão A estão isentos de pagamento, embora tenham que formalizar a sua inscrição.
Professores serão obrigados a corrigir provas
Outra novidade deste ano é que os professores de ingleses serão obrigados a corrigir os testes. No ano passado, a correcção fez-se com base em docentes voluntários mas como muitos desistiram do processo antes de iniciarem a correcção, fazendo com que poucos professores tivessem de corrigir muitas provas. O IAVE admite que esta imposição por parte da tutela, que ainda terá de ser regulamentada, venha a causar contestação entre os docentes, mas quer evitar o que aconteceu na prova anterior.
Para a Associação Nacional de Professores da Língua Inglesa, a situação do ano passado “foi injusta”, mas, para já, ainda é cedo para antecipar a reacção dos professores. “Primeiro queremos ver os moldes em que isto vai ser apresentado. E perceber, por exemplo, se haverá redução da componente lectiva dos professores”, disse ao SOL Ana Neves.