A imagem faz parte de uma reportagem maior intitulada “Homofobia na Rússia”, com Mads Nissen a querer mostrar ao mundo o tipo de perseguição que as minorias sexuais sofrem no país. Segundo o fotógrafo, a comunidade LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros] russa é descriminada tanto social como legalmente, e é regularmente vítima de ataques de ódio por grupos nacionalistas e religiosos.
Mads Nissen, que trabalha para o diário dinamarquês Politiken, caracteriza a sua fotografia como uma versão “moderna da história do Romeu e Julieta”. Já a presidente do júri, Michele McNally, directora de fotografia e editora assistente do New York Times, escreveu em comunicado que a imagem tem “o potencial de se tornar um ícone”. “Esta foto é esteticamente poderosa e tem humanidade”.
Pamela Chen, membro do júri e directora editorial do Instagram, revelou que o World Press Photo estava “à procura de uma imagem que fizesse a diferença amanhã e não apenas hoje”. O problema da descriminação sexual, acrescenta, é “uma questão contemporânea, é a vida quotidiana, é notícia”.
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