Esta posição surge na sequência de uma reunião ontem tida entre a Associação e o Banco de Portugal. A AILPC acusa o regulador de ter emitido um comunicado que não espelha o conteúdo da reunião, e, em declarações à Lusa, o seu presidente, Ricardo Ângelo, afirmou que esta vai "abrir um processo judicial contra o Banco de Portugal e possivelmente contra o Novo Banco", uma vez que não aceita "este recuo" por parte das duas entidades.
No comunicado, a que o SOL teve acesso, a Associação dos Lesados recorda a “promessa do Banco de Portugal – ainda que logicamente insuficiente e muito aquém daquelas que serão as suas responsabilidades objectivas e subjectivas em todo este processo – [de] vir a exercer a sua ‘magistratura de influência’ – seja isso o que for no caso em concreto – para que o Novo Banco possa apresentar no mais curto prazo de tempo uma proposta aos clientes para a resolução deste problema”.
A Associação insiste que “não poderá nunca aceitar a descriminação ‘comercial’ dos clientes” até porque não aceita que a solução a encontrar possa “seguir uma mera lógica fria e mercantilista de qual o cliente que interessa ou não ‘segurar’”. E questionam: “Então tal significará que se eu tiver 80 anos de idade, apenas 50.000€ na conta e poucas perspectivas de poder vir a ser um ‘bom cliente’ para o Novo Banco serei descriminado perante aquele em situação diferente??”.
O comunicado termina frisando que a não haver alteração da posição do regulador e do NB a associação será “um enorme problema para todos aqueles que imaginem um cenário diferente daquele que os clientes justamente merecem”.