A medida está integrada na reforma da Fiscalidade Verde, concretizada pelo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, que está optimista relativamente à sua aplicação, tanto da parte dos consumidores, como dos comerciantes.
Os portugueses são os europeus que mais utilizam sacos de plástico "leves", atingindo 466 por habitante e por ano, um número que o Governo pretende baixar para 50 este ano e 35 em 2016.
A decisão de taxar estes sacos (com asas) recebeu algumas críticas, nomeadamente dos representantes dos comerciantes, que ficaram com grandes 'stocks' de sacos e não têm possibilidade de pagar o imposto inerente para recolocá-los no circuito comercial, e dos ambientalistas, que defendem a realização de campanhas de sensibilização e um período de transição de um ano, para adaptação dos consumidores ao novo hábito.
A partir de agora, os clientes das várias lojas de alimentação, restauração, hotelaria, farmácias, livrarias ou de materiais de construção devem procurar diversas alternativas para acomodarem as suas compras, em sacos de plástico mais resistentes e reutilizáveis, ou feitos de outros materiais, como pano ou papel, ou mesmo os antigos sacos de ráfia ou de palma, ou cestos de vime, 'troleys' ou mochilas.
Pretende-se reduzir o consumo de sacos, cada um usado em média 25 minutos, e a quantidade de plástico deteriorado que permanece cerca de 300 anos na natureza, afectando os animais, como os peixes que o ingerem confundindo com alimento.
Segundo as contas do Ministério do Ambiente, serão obtidos 167 milhões de euros com a Fiscalidade Verde, a maior parte dos quais (150 milhões) a canalizar para o alívio do IRS (Imposto sobre o Rendimento Singular) das famílias, enquanto os restantes 17 milhões de euros se destinam ao fundo de conservação da natureza e a incentivar a mobilidade sustentável.
Lusa/SOL