Na verdade, a capital portuguesa tem sido nos últimos anos um dos destinos preferidos dos estrangeiros.
Recentemente a JLL e a CBRE trataram da venda de quatro edifícios lisboetas propriedade do Novo Banco, situados na Av. da Liberdade e na rua Rosa Araújo, a um investidor institucional estrangeiro. Os imóveis – três do século XIX e outro dos anos 80 – ocupam grande parte do quarteirão e têm um projecto licenciado que prevê 10.300 m2 destinados a escritórios, com lojas nos pisos térreos.
"O volume e a qualidade das propostas recebidas para este portfólio é um sinal claro de que o mercado de promoção imobiliária no segmento prime está numa fase extremamente dinâmica e que o interesse dos investidores estrangeiros no mercado português é uma realidade que veio para ficar", revelou Francisco Sottomayor, director de Promoção da CBRE.
Também a JLL destacou que 86% do volume aplicado em 2014 era de origem estrangeira, com investidores oriundos de países como a China, EUA, Reino Unido, Brasil, Espanha e Rússia. Os chineses estão entre os mais dinâmicos e, além do sector residencial e de reabilitação, compram também edifícios de escritórios com rendimento e bem localizados, alguns do quais com necessidade de obras de modernização.
De acordo com Luís Lima, presidente da CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, o Brasil surge já na quarta posição da lista dos cidadãos estrangeiros que mais investem no nosso imobiliário, representando 6% das transacções internacionais.
Também segundo o Market Outlook do final de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no ano passado houve um crescimento significativo neste segmento. Em Fevereiro entraram 83,5 milhões de euros de investimento estrangeiro em imobiliário no país, subindo gradualmente até 136,6 milhões de euros em Julho.
Atractividade vai melhorar nos próximos três anos
Portugal é cada vez mais atractivo para os investidores estrangeiros e o interesse em continuar a investir é cada vez maior. Segundo a 8.ª edição do Attractiveness Survey Portugal, do EY, 67% dos investidores estrangeiros acreditam que o interesse do país vai aumentar nos próximos três anos. Um valor superior aos 37% em 2011, e mesmo aos 58% de 2007 e 2013, os dois anos em que o indicador tinha sido mais elevado.