E Tsipras, o chefe do Governo, classifica a política de austeridade que vinha sendo aplicada ao seu país como uma «eutanásia».
Mas será mesmo? Terá a Grécia solução sem austeridade? É certo que a dívida grega é muitíssimo maior do que a portuguesa e impõe muito mais restrições. Mas o que a realidade prova é que Portugal está melhor depois da austeridade do que estava antes.
Sabemos que há muitos desempregados – mas também sabemos que o desemprego está a diminuir.
Sabemos que o PIB caiu muito – mas também sabemos que está a subir. Mais: subiu no ano passado 0,9%, quando nos dez anos anteriores ao resgate estava a crescer a uma média de 0,5%, apesar da política ‘expansionista’ de Sócrates.
E nos últimos três anos as exportações aumentaram.
E a liquidez do Estado cresceu muitíssimo.
E os juros caíram.
Tudo isto indica que a política de austeridade, ao contrário do que muitos pretendem, fez bem ao país.
Não matou a economia portuguesa, pelo contrário, tornou-a mais competitiva e credibilizou o país no contexto internacional, atraindo capital estrangeiro.
Por isso, a austeridade está muito longe de ser uma eutanásia.
Eutanásia poderá ser o rumo que a Grécia está a seguir – enveredando por uma estratégia irresponsável, sem o apoio de ninguém, contando apenas com o voluntarismo de um punhado de deputados de extrema-esquerda e outro (mais pequeno) de direita.
E quando o povo grego vir o logro em que caiu, quando perceber que as promessas do Syriza eram um saco cheio de nada, que aquele programa eleitoral era um bluff, aí é que vão ser elas…