"Temos assistido nos últimos tempos à degradação das condições de acesso aos cuidados de saúde primários, o que é muito preocupante", afirmou o autarca à agência Lusa.
Segundo José Luís Carneiro, em 14 dias dos meses de Janeiro e Fevereiro houve 169 horas de faltas no Serviço de Atendimento Permanente de Baião.
A situação estará a ocorrer com mais frequência no horário entre as 19:00 e as 24:00.
Ao que se está a passar no centro de saúde da sede do concelho, segundo o autarca, "acresce a profunda indignação e apreensão com o actual estado de funcionamento da Unidade de Cuidados Personalizados, manifestada pela Junta de Freguesia de Santa Marinha do Zêzere".
O presidente da Câmara de Baião comunicou hoje a situação à Assembleia Municipal, tendo revelado envio de uma carta sobre o assunto ao secretário de Estado da Saúde, com conhecimento da Administração Regional de Saúde do Norte.
"Vimos, por este meio, manifestar a nossa preocupação com as duas situações enunciadas e solicitar a resolução das mesmas, tendo em conta que a ausência de serviços de saúde capazes e próximos das populações convidam as pessoas a abandonar o interior, desincentivam a criação de emprego e lançam a amargura e o sofrimento", lê-se no documento.
José Luís Carneiro acrescentou que a população de Baião, no interior do distrito do Porto, não aguenta mais a degradação dos serviços de saúde e, por isso, exige uma resposta rápida da tutela.
"Esta situação é inaceitável", frisou o autarca.
Lusa/SOL