"O longo prazo, sei que é um tempo em que todos nós já cá não estaremos, mas é bom que na política existam governantes que pensem para além daquilo que é o seu objectivo eleitoral, que pensem no país que vão entregar, que fica como legado para aqueles que o povo escolher para nos governar nos próximos quatro anos", disse Pires de Lima.
O ministro, que falava na sessão de encerramento de uma conferência organizada pela revista britânica 'The Economist', que decorreu hoje em Cascais, disse esperar que "o povo faça justiça e reconheça o caminho que o país está a fazer" quando votar para eleger o futuro Governo.
Lembrou, a propósito, "as reformas pouco populares" que o actual executivo teve de fazer nos últimos quatro anos durante o Programa de Assistência Económico e Financeiro (PAEF) e que, muitas vezes, levantaram alguma controvérsia entre a oposição e a opinião pública, nomeadamente, a concessão a privados na área dos transportes.
"Não queremos passar por uma provação idêntica à que representou para nós o programa de ajustamento. Naquilo que depender de nós, nunca mais queremos chegar a uma situação como aquela em que os portugueses viveram em 2011 com sacrifícios, nalguns casos, muito pesados", sublinhou Pires de Lima.
Na conclusão da sua intervenção, o ministro da Economia acentuou ainda que "a dimensão dos estadistas observa-se pela capacidade que os governos têm para fazer aquilo que é necessário, não para ganhar a próxima eleição, mas para assegurar o futuro de uma nação".
Lusa/SOL