Tsipras, que falava numa reunião com o grupo parlamentar do Syriza, evocou as dificuldades e o clima que o governo teve de enfrentar durante as negociações, destacando a "forte posição negocial" grega, segundo participantes na reunião citados pela imprensa.
Entre os principais benefícios do acordo, o primeiro-ministro referiu que "troca o resgate por um empréstimo ponte, deixa para trás as medidas de austeridade, evita a asfixia económica e acaba com o excedente primário (saldo orçamental antes do pagamento dos juros da dívida) pouco realista".
Sobre a lista de reformas enviada aos parceiros europeus, Tsipras assegurou que ela permite ao governo grego substituir as medidas do anterior memorando por uma série de objectivos do programa de governo no âmbito do combate à pobreza.
Mas, sublinhou, o governo tem de acelerar o ritmo de trabalho na definição e aplicação das reformas para "construir" a sua credibilidade.
"Vamos ser julgados pela nossa capacidade de governar e não pela nossa competência para negociar", disse, afirmando-se "disposto a incidir em questões espinhosas que persistem há décadas" no país, como a reforma do IVA, o combate à fraude fiscal e à corrupção.
Lusa/SOL