Os arguidos, que já viram adiada a leitura do acórdão três vezes, estão pronunciados por associação criminosa e alguns em co-autoria de outros crimes, como provocação de explosão com perigo doloso para a vida e bens alheios, furto qualificado, roubo, detenção de armas proibidas ou tráfico de droga.
Além de 12 arguidos em prisão preventiva, um dos três suspeitos de ter fundado o grupo, que denunciou à PSP quem efectuava os assaltos, encontra-se em prisão domiciliária com pulseira electrónica.
O grupo é suspeito de assaltos a 24 caixas automáticas de pagamento (ATM), nem sempre com sucesso, roubo de dez viaturas (duas por 'carjacking') e dois estabelecimentos comerciais, que renderam mais de 350.000 euros, segundo a acusação.
As caixas ATM eram arrombadas através do rebentamento de um cartuxo explosivo, após o alargamento do orifício de saída das notas com um pé de cabra, e os estragos em equipamentos e instalações estão estimados em mais de 305.000 euros.
Segundo a Polícia Judiciária, os roubos decorreram entre Abril e Outubro de 2012 e o grupo, que residia no concelho de Sintra, estendeu a sua actividade a Alcobaça, Amora (Seixal), Cadaval, Cascais, Mafra, Oeiras, Santarém, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
A procuradora da República pediu penas de prisão entre seis e sete anos para alguns crimes e até 20 anos para os alegados cabecilhas, enquanto a defesa da maioria dos arguidos pediu a absolvição por falta de prova e por a acusação se basear apenas nas declarações do co-arguido que denunciou o grupo.
Lusa/SOL