A instituição presidida por Luís Máximo dos Santos chegou a acordo com a sociedade Freslake Limited para alienar os 40% que detinha no banco líbio Aman Bank, uma participação que permaneceu no universo denominado ‘bad bank’ após a resolução do BES.
“Como contrapartida pela conclusão da transacção, o BES recebeu o valor de 3,9 milhões de euros a título de preço fixo e incondicional”, lê-se no comunicado enviado pelo BES à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.
Recorde-se que, de acordo com o The Wall Street Journal, o Aman BanK é suspeito de ter cooperado com o círculo íntimo do ex-líder Muamar Kadafi para retiradas de dinheiro do país.
Além do líbio Aman Bank, o BES Angola e o banco de Miami ficaram no 'bad bank', quando o Banco de Portugal avançou para a resolução do BES a 3 de Agosto do ano passado.
No entanto, e apesar das acções das operações estrangeiras terem ficado no BES, os créditos e os depósitos sobre os bancos de Miami e Líbia foram transferidos para a alçada do Novo Banco. A entidade liderada por Stock da Cunha não tem qualquer responsabilidade por contingências decorrentes de eventuais fraudes nestas operações.
De acordo com as últimas contas do BES, relativo ao primeiro semestre de 2014, o Grupo BES deixou de consolidar o Aman Bank pelo método integral, passando a ser reconhecido pelo método da equivalência patrimonial, na sequência da situação política e social na Líbia que impede o BES de exercer o controlo sobre esta filial.
O grupo registou de 10,2 milhões de euros de imparidade na participação no Aman Bank. “A 30 de Junho de 2014, o valor da participação naquela data era de 22 milhões de euros.”