"A PT, eu, o seu presidente e os trabalhadores, fomos enganados e defraudados pelo BES e pelos seus mais altos responsáveis", vincou Pacheco de Melo na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES).
E acrescentou: "Foram 13 anos de confiança. Eram os nossos parceiros financeiros, era com eles que os nossos presidentes privavam quase diariamente".
Pacheco de Melo realçou que "nunca" foi intenção da PT "transferir para a [operadora] Oi um activo que depois se viria a revelar tóxico", no caso os títulos de dívida da Rioforte, do GES.
"Não estávamos com informação nenhuma que nos levasse a concluir em que estado estava aquela empresa, a Rioforte", advogou o antigo administrador financeiro e ainda administrador da PT SGPS.
Luís Pacheco de Melo falava na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, onde começou a ser ouvido pouco depois das 16:00, tendo abdicado de prestar uma declaração inicial.
O responsável é o terceiro elemento ligado à PT a ser escutado pelos deputados, depois dos ex-presidentes Zeinal Bava (na passada quinta-feira) e Henrique Granadeiro (na quarta-feira).
Lusa/SOL