A experiência foi realizada em 20 pessoas e os investigadores puderam ter acesso a imagens de ressonância magnética que mostravam, defendem os cientistas, com bastante precisão, as áreas específicas do cérebro que eram ‘aliviadas’ de problemas como a depressão.
Nutt foi mais longe na conclusão: as restrições aplicadas no seu país a tratamentos com estes compostos por base são nefastos para os pacientes. “Estas drogas oferecem-nos a maior oportunidade que temos para a saúde mental”, disse o coordenador do estudo ao diário britânico The Guardian. “Pouco mais temos no horizonte”, insistiu, comparando a proibição do uso das substâncias psicadélicas à condenação que a Igreja fez a Galileu no século XVII.
Outros estudos levados a cabo em 2012 e 2014 confirmam os dados de Nutt.
Mas especialistas britânicos põem alguns travões a este entusiasmo. Antes de mais, um estudo que tem 20 pessoas como amostra pode não ser, de todo, significativo. Além disso, avança outro neurocientista do Imperial College, noutras experiências, o LSD provocou sintomas como a ansiedade forte e, justamente, a depressão, associados a imagens perturbadoras desencadeadas pelos seus efeitos. Ou, em linguagem comum, podemos ter uma bad trip.