Segundo Ricardo Brites, presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (AEISEL), cerca de uma centena de estudantes irão manifestar-se contra “a falta de financiamento na educação”, fazendo-se acompanhar de fotografias que denunciam a degradação dos edifícios das suas escolas e a falta de recursos materiais.
“No ISEL assistimos a vários problemas. Os estudantes pagam a propina máxima (cerca de 1067€/ano) e a maior parte dos edifícios estão degradados, a cair”, explicou ao SOL.
Os estudantes vão denunciar também a falta de materiais de estudo, como computadores e livros que as bibliotecas não conseguem assegurar, e a má qualidade das refeições servidas nas cantinas públicas. “No início do ano faltam sempre materiais essenciais, como reagentes, para os laboratórios de engenharia química, o que faz com que os alunos fiquem sem aulas práticas durante um mês”, disse.
“As doses reduzidas e a má qualidade da comida são reflectoras do subfinanciamento que resulta na privatização das cantinas, pois os serviços de acção social vêm-se obrigados a concessionar os espaços, onde prevalecem as políticas de lucro das empresas”, continuou.
A concentração foi subscrita pelas associações de estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, da Escola Superior de Teatro e Cinema, Escola Superior de Dança, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.