Esta é a segunda vez que Tsipras visita a capital da União Europeia para reunir-se com Juncker desde que assumiu o cargo no final de Janeiro e acontece quando as autoridades helénicas e os credores voltaram a sentar-se à mesa para discutir as reformas a aplicar no país.
Na quarta-feira, retomaram em Bruxelas as negociações entre representantes da Grécia e a Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE), o agora rebaptizado 'Grupo de Bruxelas', com a participação ainda do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
Já em Atenas arrancaram na quinta-feira os trabalhos técnicos, com vista a à recolha de dados junto do Ministério das Finanças helénico que sirvam de suporte aos trabalhos que decorrem em Bruxelas.
O objectivo destas negociações é chegar a um acordo até final de Abril com vista a fechar o segundo resgate à Grécia, que em Fevereiro foi prolongado por mais quatro meses, até Junho.
Um acordo permitirá desembolsar à Grécia os 1.800 milhões de euros que ainda estão no fundo de resgate da zona euro e que o país tenha acesso aos 1.900 milhões de euros de lucros feitos pelos bancos centrais da zona euro com dívida soberana grega.
A Grécia debate-se neste momento com dificuldades de liquidez para fazer frente às suas obrigações financeiras, perante a queda de receitas e a necessidade de fazer face a desembolsos, inclusivamente ao FMI.
Depois do encontro com o presidente da Comissão Europeia, o primeiro-ministro grego vai reunir-se com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, o primeiro responsável político a visitar Atenas após a vitória do partido Syriza nas eleições legislativas, de Janeiro passado.
Lusa/SOL