"Muitas vezes, aquilo que aconteceu foi privilegiar as obras públicas e um investimento que não era multiplicável do ponto de vista da geração de riqueza", considerou.
Falando aos jornalistas em Paços de Ferreira, quando inaugurava a 44.ª edição da Capital do Móvel, o secretário de Estado insistiu que "uma economia assente em endividamento excessivo, em sectores que não geram efeitos multiplicadores para a economia, não é sustentável".
"É a esse tempo que o país não pode voltar. Temos de construir um modelo económico assente em empresas competitivas no sector de bens e serviços transaccionáveis que tenha competitividade externa, para ser sustentável", acrescentou.
Octávio de Oliveira disse que o novo quadro comunitário de apoio vai ao encontro do modelo de economia que o Governo defende para o país.
"Estamos neste momento todos convocados para que os recursos públicos sejam utilizados da forma mais criteriosa possível para proporcionarem maior rendibilidade, uma melhor utilidade social e condições de vida às populações", assinalou.
Por isso, disse, "é algo de novo relativamente àquilo que aconteceu no passado, porque se orienta para resultados".
O secretário de Estado elogiou o dinamismo e inovação dos empresários de Paços de Ferreira, apontando o sector do mobiliário como um exemplo que o país deve seguir, ao recordar que actualmente aquela indústria exporta mais de 80% da sua produção. Há oito anos, recordou, o sector exportava apenas 27% da produção.
Sobre os números do desemprego naquele concelho, sublinhou que diminuiu 22% nos últimos dois anos e que, no distrito do Porto, a descida foi de 14%.
A 44.ª Capital do Móvel – Feira do Mobiliário e Decoração de Paços de Ferreira – reúne mais de 100 expositores.
Aquela que é considerada a "maior oferta nacional de mobiliário" decorre até dia 22 de março e, segundo a organização, a cargo da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), apresenta modelos nos "mais variados estilos": clássico, neoclássico, moderno, contemporâneo e rústico, entre outros.
Lusa/SOL