A candidatura ao Prémio Princesa da Astúrias, disse Adriano Moreia à agência Lusa, foi entregue pela Academia de Ciências de Lisboa, instituição que o jurista, estadista, ex-deputado, antigo ministro e líder partidário (CDS) chegou a presidir.
O prazo para entrega das candidaturas terminou na passada quinta-feira, 12 de Março, anunciou a fundação espanhola.
No total foram entregues 223 candidaturas, de 51 países, em oito categorias: Artes, Letras, Ciências Sociais, Comunicação e Humanidades, Investigação Científica e Técnica, Cooperação Internacional, Concórdia e Desportos.
Cada vencedor recebe uma escultura de Joan Miró e 50 mil euros, além de um diploma e uma insígnia.
Adriano Moreira, de 92 anos, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa em 1944, e doutorou-se, na mesma área, pela Universidade Complutense de Madrid e pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), de Lisboa.
Foi deputado e presidente do CDS, ministro do Ultramar durante o Estado Novo (de 1961 a 1963), entre muitos outros cargos na vida política portuguesa.
Foi presidente da Sociedade de Geografia e, mais tarde, da Academia de Ciências de Lisboa.
Recebeu vários prémios e condecorações, tais como: a medalha de Mérito Cultural, medalha Militar de Serviços Distintos grau ouro da Marinha, medalha de Mérito Aeronáutico, Royal Victorian Order, Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, entre outros.
Além de Adriano Moreira, na categoria Ciências Sociais, também a antiga maratonista portuguesa Rosa Mota será candidata aos Prémios Princesa das Astúrias, na categoria Desportos. O nome de Rosa Mota foi proposto pelo Comité Olímpico de Portugal e pelo embaixador de Espanha em Portugal.
Lusa / SOL