Em resposta ao PCP, Fernando Ulrich afirmou: “O BPI é potencial interessado no Novo Banco”. Esta confirmação surge numa altura em que o BPI está a ser alvo de uma oferta pública dos espanhóis do Caixabank, o seu maior accionista. Na sequência dessa oferta, a empresária Isabel dos Santos, segunda maior accionista do BPI através da Santoro, lançou ao BPI o repto de uma fusão com o BCP.
O BCP já se manifestou disponível para analisar a fusão se a mesma for do interesse do BPI. O conselho de administração ainda não se pronunciou sobre uma eventual fusão, enquanto sobre a OPA lançada pelos espanhóis aconselhou os seus accionistas a não aceitarem. No entender do BPI, a oferta do Caixabank não reflecte o valor da instituição. A contrapartida de 1,329 euros por acção deverá ser 70% superior, considera o conselho de administração do BPI.
A oferta pública de aquisição e/ou a potencial fusão poderão condicionar o interesse do BPI, sobretudo quando o prazo para ofertas não-vinculativas à compra do Novo Banco expira a 20 de Março, sexta-feira.
Fernando Ulrich não se quis pronunciar sobre o valor do Novo Banco. “O BPI assinou um acordo de confidencialidade, e eu próprio assinei, por isso não posso fazer qualquer comentário ao processo”.