Quando os Capitão Fantasma surgiram, em 1988, já António Chainho levava mais de duas décadas de actividade. Agora, ao cumprir 50 anos de carreira, lança Cumplicidades, um disco de originais com a participação de uma série de músicos das mais variadas proveniências. Se a presença de Filipa Pais ou de Ana Vieira não surpreendem, já a de um Pedro Abrunhosa ou de um Fernando Ribeiro (sim, o vocalista dos Moonspell) não seriam as mais óbvias. Fica aqui a primeira música do disco, à venda a partir de segunda-feira, com Vanessa da Mata:
E uma jovem com metade dos anos de carreira de Chainho: Elle King. Filha de modelo e de actor, cara gorducha e corpo recheado de tatuagens, a norte-americana tem uma voz poderosa que soa a Janis Joplin. Há três anos assinou pela RCA mas só agora lançou o disco de estreia, Love Stuff. Letras autobiográficas e amarguradas, e um estilo musical ainda um pouco indefinido. Com ou sem banjo, parece ter tudo para vir a ser uma estrela.
Este sábado comemora-se o dia da poesia.
Uma singela homenagem: Mário Cesariny, sempre uma prazeirosa (re)leitura, aqui musicado por Rodrigo Leão e Gabriel Gomes, e dito por Rogério Samora.
Quanto às comemorações, destaque para os programas em Lisboa e no Porto. No CCB (das 15h às 19h) o destaque vai para Cesário Verde, mas também para a poesia sul-americana. No Porto, é Sophia de Mello Breyner a homenageada. Primeiro, a partir das 15h, nos jardins do Palácio de Cristal. A meio de uma série de actividades, será lido um inédito da filha de Sophia, Maria Andresen, também poetisa. A partir das 17h, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, prossegue a homenagem, com poesia, bailado e música.
Ainda na música, e de volta a Lisboa, mais concretamente ao subterrâneo. A capital portuguesa associa-se a outras 130 cidades e comemora o 330.º aniversário de Johann Sebastian Bach com concertos na estação do Cais do Sodré. Das 10 às 12h, das 13 às 15h e das 16 às 18h.
Italiano é a língua a ouvir nos próximos dias por Lisboa. Arranca na quarta-feira a oitava edição do 8 ½ Festa do Cinema Italiano (São Jorge e Cinemateca) e na quinta-feira a programação especial dedicada a Roberto Rossellini, no Nimas, em cópias restauradas. São tantas e boas as propostas que é melhor investir algum tempo a estudar o programa.