A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP-PSP) é o primeiro sindicato a ser recebido por Anabela Rodrigues, que no início do mês apresentou às estruturas sindicais a proposta de alteração ao estatuto profissional da PSP.
Todos os sindicatos da PSP manifestaram-se contra a proposta, alegando que após a divulgação do documento gerou-se um clima de “instabilidade, insatisfação e revolta” entre os polícias.
Nesse sentido, os sindicatos também vão reunir-se hoje de manhã, na sede da ASPP, em Lisboa, para concertar posições reivindicativas e preparar eventuais formas de luta caso o Ministério da Administração Interna (MAI) avance com a actual proposta de estatuto.
O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que hoje a ASPP vai pedir à ministra Anabela Rodrigues que esclareça qual a disponibilidade do MAI em alterar a proposta apresentada.
Paulo Rodrigues considerou que o documento tem que ser “revisto na globalidade”, tendo em conta que ficou “aquém das expectativas” e “é o inverso do que estava previsto” pelo anterior ministro Miguel Macedo.
“Se a disponibilidade estiver limitada, tenho dúvidas que o processo negocial se inicie”, adiantou o presidente do sindicato mais representativo da PSP.
O aumento da carga horária, a redução dos dias de férias, a criação de um novo regime de avaliação são alguns dos pontos contestados pelos polícias, que exigem que o estatuto consagre a profissão como de risco e de desgaste rápido.
A proposta do MAI prevê também a criação dos postos de agente-coordenador e chefe-coordenador e a dispensa do trabalho nocturno dos polícias com mais de 58 anos, mantendo o pedido de passagem à pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 36 anos de serviço.
Lua/SOL