Tiago Jacinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria no Algarve, disse à Lusa que os trabalhadores terminaram contratos em Outubro e não receberam parte dos meses de Agosto, Setembro e Outubro, assim como subsídios de férias, de Natal e outras compensações, e estão a ficar desesperados", pelo que "hoje decidiram concentrar-se e exigir uma resposta da administração da empresa".
"Já pedimos para falar três vezes com o senhor Paulo Martins, administrador da empresa, mas não obtivemos ainda qualquer resposta. Hoje, os trabalhadores concentraram-se na recepção, disseram que não saíam enquanto não falassem com a administração e a empresa chamou a PSP ao local, que nos convidou a sair. Nessa altura, uma funcionária prendeu-se, com correntes, a umas escadas no interior do edifício", contou Tiago Jacinto.
A mesma fonte assegurou que os manifestantes vão manter-se no local até obterem uma resposta e até que a colega que está acorrentada às escadas decida sair.
Fonte do Comando Distrital de Faro da PSP disse à Lusa que em causa estão "trabalhadores de uma empresa que não pagou os salários" e que "se concentraram à porta para exigir o pagamento", tendo depois uma delas decidido prender-se às escadas.
A mesma fonte disse que se encontram elementos da PSP no local, mas sublinhou que a situação envolve "pessoas de bem, trabalhadores, que exigem apenas receber os seus salários" e que a força de segurança aguarda uma resolução do problema.
Já a 03 de Março, uma dezena de trabalhadores tinha-se concentrado frente ao Clube Praia da Rocha para exigir o pagamento de dois meses e meio de salários em atraso, parte dos subsídios de férias e de Natal do ano passado.
Tiago Jacinto precisou na ocasião que estavam afectadas "cerca de 30 pessoas que prestaram serviço à empresa gestora de vários apartamentos turísticos e que terminaram os seus contratos em Outubro de 2014".
Por seu turno, Paulo Martins, administrador da empresa 'Green Stairs', que faz a gestão do Clube Praia da Rocha, confirmou nesse dia à agência Lusa a existência "de funcionários com pagamentos em atraso", mas assegurou que "a situação está a ser tratada"
A Lusa está a tentar obter uma reacção de Paulo Martins ao protesto de hoje, mas até ao momento ainda não foi possível chegar ao contacto como o administrador da empresa.
Lusa/SOL