Em causa está o processo de alienação de 100% do capital estatal da Empresa Geral de Fomento (EGF), responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, através de 11 sistemas multimunicipais de norte a sul do país.
Estas empresas têm como accionistas a estatal Águas de Portugal (51%) e os municípios (49%). Entre estas está a Valorsul, que serve 19 municípios da Grande Lisboa e da zona do Oeste.
Segundo explicou à agência Lusa o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares (CDU), a acção de protesto vai assumir a forma de conferência de imprensa e visa "marcar uma posição de oposição" à privatização da EGF, exigindo ao Governo que "pare o processo".
Esta acção de protesto tinha sido anunciada inicialmente na quarta-feira de manhã pelo presidente da Câmara de Loures que explicou, na altura, que a ideia era fazer uma concentração dos autarcas em frente ao Ministério do Ambiente para reivindicar um encontro com o ministro Jorge Moreira da Silva, no qual pretendiam contestar a privatização da Empresa Geral de Fomento.
No entanto, poucas horas depois do primeiro anúncio, os autarcas recuaram na sua pretensão, uma vez que, segundo disseram, foi marcada uma reunião com o ministro para terça-feira (24 de Março).
Contudo, na quinta-feira passada, Bernardino Soares voltou a remarcar a acção de protesto, uma vez que, segundo explicou, o ministro do Ambiente adiou para Abril a reunião que tinha com os autarcas.
Na sexta-feira, o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, defendeu no parlamento o processo de privatização, argumentando que vai "reforçar o serviço público" e gerar "metas ambientais mais ambiciosas" e criticou a oposição que tem sido feita pelos municípios.
Em Setembro, o Governo anunciou que o consórcio SUMA, liderado pela Mota-Engil, tinha vencido o concurso para a privatização de 95% do capital da EGF.
Lusa/SOL