Formado em Direito pela Universidade de Cambridge, Lee Kuan Yew foi primeiro-ministro de 1959 a 1990, liderando Singapura enquanto entidade autónoma da Commonwealth (de 1959 a 1963), enquanto unidade federal da Malásia (de 1963 a 1965) e finalmente como nação independente (a partir de 1965).
Durante essas três décadas, e graças a políticas favoráveis ao investimento e ao empreendedorismo, a cidade tornou-se num centro financeiro e logístico internacional, atraindo cidadãos e empresas de todo o mundo.
Apesar da prosperidade de Singapura, Lee era alvo de duras críticas por silenciar a oposição e a imprensa livre, e o país tem um dos códigos penais mais repressivos do mundo. Por outro lado, o ex-governante é considerado o ‘pai’ da nação do Estreito pelos seus esforços para a coexistência das diferentes comunidades da cidade – chinesa, malaia, indiana e europeia.
Há vários anos afastado da política activa, Lee continuava a ser um dos actores mais influentes de Singapura. O actual primeiro-ministro, Lee Hsien Loong, é o seu filho mais velho. Era ainda um reputado conselheiro de líderes de todo o mundo.
A cidade-estado localizada à beira do Estreito de Malaca declarou sete dias de luto nacional até ao próximo domingo, quando se realiza o funeral do estadista. Entretanto, chovem tributos dos principais chefes de Governo e de Estado mundiais, de Barack Obama a Vladimir Putin.
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