No entender do advogado, “parte da culpa” é do organismo presidido por Sepp Blatter: “A FIFA devia fiscalizar as verbas dadas às federações. Mas não o faz por causa dos votos”. Recentemente, o camaronês Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF) e um dos vice-presidentes da FIFA, lembrou que a CAF está ao lado de Blatter nas eleições presidenciais de Maio às quais o português Luís Figo é um dos candidatos.
Entre as 209 federações que compõem a FIFA, 55 são de África. Representam uma aliança de peso na recandidatura do suíço. “O Hayatou não falou em nome do seu país. Falou em nome de todo o continente. Claro que a FIFA não ia agora fiscalizar as verbas dadas às federações de África para saber se foram bem aplicadas ou se esapareceram. Por outro lado, a federação da Guiné só precisa de não desviar tantos fundos”, analisa Manteigas. “Se aplicassem bem o dinheiro, os clubes eram melhores, o jogador guineense tinha mais condições no seu país e não precisava de vir para aqui aceitar situações de grande precariedade que são propostas por alguns clubes”, reforça Ailton Pereira, ex-internacional pela Guiné Bissau.